Vida quotidiana e autoestima
- José Pereira

- 13 de ago. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 18 de abr. de 2023
No nosso contexto social, somos constantemente confrontados com mensagens para sermos sempre mais (mais importantes, mais eficientes e eficazes, mais saudáveis, mais admirados, mais felizes, ter mais coisas…) e talvez, até para sermos melhores do que os outros. Seria então uma forma de organização social em que se promove a tentativa de melhorar a nossa autoestima? Na vida quotidiana, face as variadas situações em que é necessário agir, normalmente atuamos da forma que julgamos ser a mais adequada naquele dado momento. Mas, por vezes, nem sempre a forma como agimos é a que realmente desejávamos. Na verdade, na maioria dos casos apenas <re>agimos ao que veio em nossa direção. Ou seja, quando não estamos atentos, é muito fácil deixarmo-nos influenciar por um determinado ambiente em nossa volta e não sermos nem agirmos da forma como realmente gostaríamos.
Nessa perspetiva, essas "mensagens" não são um produto exclusivo da indústria do consumo. Mas, o resultado de uma organização social da qual fazemos parte e que alimentamos com mais ou menos consciência das nossas próprias ações.
O efeito desse processo em que, recebemos uma ideia e assumimos para nós próprios como a única verdade e acabamos por também transmiti-la para os outros, pode ser considerado uma espécie de círculo vicioso. A cultura, de certa forma, também valida estas ações.
Possivelmente, o desafio é descobrirmos a forma de como nos posicionarmos melhor, conhecendo e aperfeiçoando os diferentes aspetos que influenciam nossa autoestima. Talvez assim, o círculo vicioso passe a ser mais parecido com algo virtuoso .


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